sexta-feira, 23 de abril de 2010

Movimento Fora da Ordem – Quem somos nós?

Em 2007, vivenciamos um período de discussão sobre os rumos do PT durante o processo do III Congresso do partido. O antigo Coletivo Nacional de Juventude estabeleceu um intenso debate interno sobre a organização juvenil do PT que culminou com a elaboração da resolução “O PT e a Juventude”. Essa resolução fez um balanço da JPT: apontou as dificuldades do modelo setorial em cumprir a tarefa de organização da juventude brasileira e convocou o I Congresso da Juventude do PT (CONJPT).

A partir da convocação do I Congresso diversas tendências, grupos regionais, e militantes independentes iniciaram um processo de debate sobre as tarefas da JPT frente ao partido e a juventude brasileira. Desse debate concluímos quatro questões centrais:

1 - O PT não pode manter a contradição de ser o maior partido de esquerda da América Latina e não ter a maior organização de juventude do Brasil.

2 - A permanência de dirigentes na estrutura partidária durante vários anos, estagna a visão do PT sobre a sociedade e dificulta um processo de renovação de quadros.

3 – Que a juventude tem necessidades próprias, inclusive organizativas, e por isso a lógica de correntes do PT não precisa ser necessariamente reproduzida na JPT.

4 – Que o PT está se adaptando a institucionalidade e se distanciando dos movimentos sociais e das lutas diárias da juventude.

Partindo dessas reflexões nasce o movimento Fora da Ordem. O nome surge para defender a idéia de que o PT não pode ser um partido adaptado a ordem capitalista e sim um agente de transformação da sociedade rumo ao socialismo democrático.

No I Congresso da JPT defendemos a necessidade de uma nova organização juvenil, que desse conta de organizar para além dos filiados os milhares de simpatizantes do PT, que com autonomia, tivesse capacidade de pressionar o partido para a esquerda e apresentar um programa socialista e libertário para a juventude brasileira.

O CONJPT foi o primeiro espaço de atuação conjunta do Movimento Fora da Ordem. Participamos ativamente de todos os grupos e debates, aprovamos importantes propostas do movimento e apresentamos a candidatura do companheiro Gabriel Ribeiro, que na época era Secretário Estadual da JPT-RJ, para Secretário Nacional de Juventude. Desse primeiro esforço nos consolidamos como uma das principais forças da Juventude do PT.

Daí iniciamos um processo de enraizamento em praticamente todos os Estados brasileiros, de organização nos movimentos sociais e de diálogo com várias novas forças e militantes que compartilham das ideias do Fora da Ordem.

No Encontro Nacional da Juventude do PT, em fevereiro de 2010, apresentamos o primeiro resultado desse processo. O Fora da Ordem foi a segunda maior força no Encontro dobrando sua representatividade de Estados e ampliando o conjunto de forças que compõem esse movimento.

Mas nossa maior vitória não foi numérica, e sim política. Apresentamos a proposta de que a tática eleitoral da campanha da companheira Dilma para a juventude, não poderia ser baseada na comparação entre os Governos Lula e FHC, pois a maior parte da juventude brasileira não lembra dos anos neoliberais dos tucanos.

Defendemos a tática de que é necessária uma campanha específica para a juventude, que a partir do legado do Governo Lula avançasse para novas conquistas. Hoje essa tática é consensual na Juventude do PT, e a partir da fala da companheira Dilma no IV Congresso PT, podemos perceber que ela também passou a fazer parte da tática geral da campanha.

Apesar dessas conquistas, sabemos que muitos outros desafios nos esperam e estamos nos organizando para eles. Recentemente criamos o Conselho Político do Fora da Ordem: essa instância tem a participação paritária das forças e militantes independentes que compõem esse Movimento, e delibera apenas por consenso progressivo.

Temos orgulho de apresentar aos jovens militantes petistas uma novidade política e organizativa, que já exercita internamente o que defendemos para toda a Juventude do PT.


E-mail: foradaordembrasil@gmail.com

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terça-feira, 13 de abril de 2010

Repostas aos Tucanos

Repostas aos Tucanos

Na “festa” dos Tucanos e Demos nesse final de semana, couberam a Aécio Neves os principais ataques ao Partido dos Trabalhadores.

Com isso o tucanato mandou um claro recado: não existe nenhuma ala no PDSB que queira dialogar com o PT, enterrando de vez a crença de uns poucos do nosso partido que pensavam na possibilidade de construção de uma agenda conjunta para o país.

Estrategicamente na fala de Aécio não houve nenhuma citação negativa contra o Governo Lula. Seu objetivo foi tentar de maneira distorcida e caluniosa desconstruir a história do Partido dos Trabalhadores.

Primeiro ataque: “...eles negaram seu voto a Tancredo no Colégio Eleitoral”

Nós do PT, temos muito orgulho de ter participado ativamente das mobilizações que puseram fim na Ditadura Militar, afinal, o primeiro ato em defesa das Direitas foi convocado pelo PT, que depois se tornou um grande movimento cívico, suprapartidário e de massas. Temos ainda mais orgulho de não ter participado da farsa do Colégio Eleitoral, não aceitaremos nunca nenhum tipo de acordo que retire do povo brasileiro o direito de decidir o seu futuro.

Segundo ataque: “...eles negaram seu voto a Constituição de 88”

O PT teve o protagonismo de apresentar sua proposta de Constituição para o Brasil. No lugar de acordos de bastidores, preferimos as mobilizações populares para construir esse momento da História. O famoso bloco chamado “Centrão” derrotou importantes avanços para a nova Constituição. Mesmo assim o então deputado constituinte Lula assinou a Carta.

Mas foi no Governo do PT que o Brasil finalmente passou a garantir ao seu povo os principais direitos constitucionais como: alimentação, educação pública, salário digno, participação popular, entre outras conquistas.

Terceiro ataque: “... eles negaram seu apoio ao Governo Itamar”

Para o PT os espaços de Governo só servem se for para melhorar a vida da população. A fórmula proposta por Itamar Franco foi construir um Governo com todas as forças do país, mas sem projeto. O resultado foi um Governo em que quase todas as forças tinham um espaço, mas sem nenhuma direção. Hoje o Governo Itamar é lembrado com um dos mais rejeitados pelo povo brasileiro.

Quarto ataque: “... eles negaram seu apoio as privatizações”

No ápice de sua fala Aécio acusou o PT de não votar a favor das privatizações. Exatamente ai se encontra o abismo que separa PSDB e PT. Enquanto os tucanos acham que o Estado é um problema e o mercado pode resolver tudo, nós achamos que a função principal do Estado é garantir os direitos ao povo.

As privatizações foram um dos mais duros ataques ao Patrimônio Público. Empresas públicas de caráter estratégico para o país, que com investimento em eficiência poderiam contribuir para o desenvolvimento nacional, foram entregues a preço de bananas à conglomerados estrangeiros.

Mas a fala de Aécio abre um debate importante para o país: se os tucanos se orgulham das privatizações que fizeram, quer dizer que pretendem privatizar ainda mais caso voltem ao comando do Governo Federal.

Imaginar o Brasil sem o Banco do Brasil, a Caixa Econômica Federal, a Petrobras, o BNDES, os Correios ou a Eletrobrás, é pensar que o nosso futuro será ficar à mercê de grandes capitalistas internacionais, os mesmos que foram responsáveis pela recente quebra de países considerados desenvolvidos na crise econômica de 2009.

Enfim, essa é a principal diferença entre PT e PSDB. Para eles a política não é assunto para o povo e o desenvolvimento é tarefa do “mercado”. Essa lógica levou à quebradeira de todos os países que adotaram tal fórmula, além de viabilizar e aprofundar a última crise econômica.

Para nós, a política só tem razão quando o povo participa, cabendo ao Estado liderar um desenvolvimento econômico sustentado e socialmente justo. Este é o resultado que queremos; esta é a obra que estamos vendo no Brasil de hoje.

A tarefa de cada militante do PT e do campo democrático e popular é mostrar ao povo brasileiro que o que está em jogo não é apenas a escolha entre dois candidatos e sim dois projetos diametralmente opostos, e temos certeza que o Brasil fará a escolha certa.

Movimento Fora da Ordem - O Fora da Ordem é um movimento que reúne diversas correntes, grupos regionais, agrupamentos e militantes independentes na defesa de uma Juventude Petista, socialista, libertária e de lutas.

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